Serviço telefónico de aconselhamento para mulheres: ajuda rápida e eficaz

Quando as mulheres vítimas de violência doméstica e sexual contactam o Apoio à Vítima de Basileia, são encaminhadas diretamente para o nosso serviço telefónico interno. Este serviço é gerido por pessoal do departamento de aconselhamento de mulheres. O objetivo deste serviço telefónico é oferecer às pessoas que telefonam um apoio rápido e eficaz à sua situação ou, se necessário, encaminhá-las para o centro adequado. O serviço telefónico também organiza marcações para sessões de aconselhamento no local. Profissionais, familiares ou outras organizações externas também nos contactam para obter conselhos sobre como apoiar as pessoas afectadas. Comunicamos através de vários canais, por telefone, mensagem de texto ou correio eletrónico.

A intensidade do serviço telefónico de aconselhamento às mulheres é muito elevada. É o que demonstra a ata do serviço matinal de uma funcionária:

08:30, começa o serviço telefónico.

Às 08:35, uma mulher que foi vítima de assédio sexual por parte de um colega de trabalho e precisa urgentemente de aconselhamento entra em contacto connosco. Discuto com ela as opções de ação actuais, informo-a sobre os nossos serviços de aconselhamento e marco a próxima consulta de aconselhamento disponível.

Às 09:00, um chefe de grupo de um lar residencial contacta-nos. Uma residente contou à sua cuidadora sobre uma agressão sexual na sua vida privada. O chefe do grupo quer saber como é que o pessoal deve lidar com o caso e se oferecemos aconselhamento. Discuto o caso com ele e explico-lhe os serviços de aconselhamento oferecidos pelo Apoio à Vítima. Ele quer discutir o assunto internamente e contactar-nos para marcar uma consulta com a residente em causa.

Pelo meio, dou uma vista de olhos às medidas de proteção que a polícia decretou. Estas são-nos enviadas diariamente. Trata-se de intervenções em casos de violência doméstica ou sexual, em que a polícia ordenou o afastamento, a proibição de aproximação ou a proibição de contacto com a pessoa que cometeu a violência. Tento falar ao telefone com a mulher que foi vítima de violência e que consta de uma das ordens. Atende a chamada e parece-me audivelmente triste. Encontra-se atualmente na casa da família com os seus dois filhos; o marido foi mandado embora pela polícia ontem à noite. Falo com ela sobre a possibilidade de prolongar a medida e marco uma consulta de urgência para daqui a dois dias. A mulher está visivelmente aliviada por estar a receber aconselhamento jurídico e apoio do Apoio à Vítima nesta situação difícil.

Às 10:10, alguém do refúgio para mulheres telefona a pedir uma colocação de emergência. Uma mulher em risco tinha entrado em contacto com eles, mas já estavam cheios e não podiam oferecer-lhe um lugar. Telefono para o segundo abrigo de emergência para mulheres e crianças vítimas de violência na região de Basileia. Eles podem receber a mulher hoje. Envio-lhes imediatamente os dados de contacto da vítima. O funcionário da casa de acolhimento de emergência entra imediatamente em contacto com a mulher e organiza o seu acolhimento.

Verifico então a caixa de entrada do Apoio à Vítima. Uma mulher enviou-nos uma mensagem escrita na sua língua materna. Descreve a sua situação e pergunta se o Apoio à Vítima a pode ajudar. Com a ajuda de uma ferramenta de tradução, fico a saber que se trata de problemas com o seu ex-companheiro, que não a deixa em paz e a persegue. Digo-lhe que está no sítio certo. E ofereço-lhe uma consulta, que ela confirma à tarde.

Às 11:35, sou contactada por uma mulher cujo colega quer separar-se e precisa de aconselhamento sobre separação, finanças e dívidas. Não se trata de violência psicológica ou física, como verifico após um inquérito mais aprofundado. Por isso, informo a mulher sobre os serviços de aconselhamento oferecidos pelo serviço de aconselhamento a mulheres da Familea e envio-lhe o link relevante por correio eletrónico.

Pouco antes do meio-dia, volto a telefonar para a casa de abrigo. Foi possível organizar o acolhimento da mulher vítima de violência e ela foi recolhida no ponto de encontro combinado por um membro do pessoal da casa de emergência. Aliviada com esta solução e depois de ter preenchido a documentação, termino o serviço telefónico da manhã com uma breve nota de passagem de testemunho para o meu colega que assumirá o serviço à tarde.